Acabei de ler mais um romance policial da escritora inglesa Agatha Christie "Um punhado de centeio" da série Miss Marple.
No escritório da sua empresa Rex Fortescue, depois de beber um chá servido pela sua voluptuosa secretária, tem um ataque súbito, é levado para o hospital e morre, descobrindo-se em seguida que fora envenenado por um tóxico que deveria ter sido ingerido ao pequeno almoço, tendo ainda sido encontrado um bolso do casaco cheio de centeio. Na investigação sobre a refeição caseira ao inspetor Neele todos em casa lhe parecem ter tido oportunidade para o ato e vários a beneficiar do caso, mas porquê aquele cereal? No chá da tarde toda a família reúne-se mais um filho que, entretanto, chega de África, mas pouco depois a atual mulher de Rex surge morta por envenenamento, eliminando a principal beneficiária e, mais tarde, uma antiga criada é encontrada morta no quintal com uma mola de roupa no nariz e o caso fica cada vez mais confuso. Entretanto, Miss Marple lê sobre as mortes nos jornais e descobre que a criada era uma sua antiga empregada e decide dar um apoio. Diz a Neele que os crimes parecem ligados pela rima de uma canção infantil antiga e, aos poucos, com a sua simpatia vai recolhendo informação dentro desta casa, onde todos parecem antipáticos e suspeitos, mas não se coíbe de dar as suas teorias ao inspetor, até à descoberta a verdade surpreendente.
Como é típico nas obras desta escritora, a narrativa dá várias reviravoltas e os suspeitos vão rodando, assistimos a cenas não ausência do inspetor e de Miss Marple que nos vão lançando pistas e falsas pistas e, como é habitual para esta série, as conclusões são sempre rebuscadas e mais fundadas na psicologia do que na dedução de factos evidentes. É sempre um prazer um policial de Agatha Christie