Citação
"Será porventura um homem que escolhe o mal de certa forma melhor que um homem ao qual foi imposto o bem?"
Acabei de ler "A Laranja Mecânica" do inglês Anthony Burgess escrito na década de 1960 e adaptado ao cinema por Kubrik, não considero uma obra de ficção científica, mas é sem dúvida uma obra distópica, uma reflexão sobre a violência juvenil e dos limites do Estado para impor-se aos cidadãos para controlar essa mesma violência.
Alex narra a sua vida de adolescente e líder de um gangue cuja vida noturna era atacar cidadãos pacíficos, roubar e violar mulheres, para durante o dia ter uma vida mais calam ou de ressaca da noitada. Só que num desses atos é preso por homicídio. Pela sua idade o detido é convidado para cobaia de um método psiquiátrico sem o informar plenamente das suas consequências. Estas retiram-lhe o livre arbítrio pois torna-se incapaz de fazer o mal a outros por uma indução de indisposição no exercício de tal prática. Sendo ainda alvo de aproveitamento político depois destes danos.
A obra, um clássico da literatura distópica, tem a particularidade de estar escrita com recurso a uma gíria (denominada Nadsate) que Burgess criou, a qual procura evidenciar o linguajar hermético da adolescência e também como em literatura este tipo de vocabulário não é utilizado, contudo a leitura torna-se no início difícil, havendo um dicionário no fim para dar apoio ao leitor. Todavia a dinâmica que o autor imprime ao texto, se houver habituação aos vocábulos, a leitura torna-se não só fluída como nos faz entrar na mente de um adolescente.
O filme que vi pela primeira vez há várias décadas é um dos filmes que mais me marcou até hoje e o livro ainda é mais impressionante, mas pode não ser uma obra fácil de ler devido a série de atos de violência física ou psicológica ao longo da narrativa, além do Nadsate... mas gostei muito do livro
ah, nem imaginava que tinha o livro. sim, o filme é muito desconcertante. adorei a capa da edição do livro. beijos, pedrita
ResponderEliminarO livro mexe connosco mesmo
ResponderEliminarGostei da resenha Carlos. Abs!
ResponderEliminarEu gostei do livro, mas é incómodo
ResponderEliminaranotado. falei de livro no meu blog.
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