Excertos
"Uma mão forte nunca funcionará...Concordar com tomar um dos lados artificialmente e para sempre com razão, e outro lado artificialmente e para sempre enganado, nunca, nunca irá funcionar.... Deixe milhares e milhares de pessoas a sós, todas a levarem vidas dessas e todas a caírem numa confusão desse género e elas serão um só..."
"Todas as forças estreitamente aprisionadas laceram e destroem. O ar que teria sido saudável para a terra, a água que a teria enriquecido, o calor que a teria amadurecido, desfazem-na quando enjaulados."
"Tempos difíceis" de Charles Dickens é um romance escrito em meados do século XIX que engloba crítica social transversal a vários setores ativos (sobretudo política, industrial, obreiro e sindical), uma denúncia das condições de vida dos operários, a exposição do preconceito que envolve a luta de classes que acredita que uma é toda má e a outra sempre boa, um manifesto ambiental contra a poluição industrial urbana, uma proposta para uma educação que conjugue o amadurecimento emocional com a aquisição do conhecimento para a evolução saudável do indivíduo e ainda uma estória detetivesca a cobrir tudo isto para garantir um certo suspense temperado com algum sarcasmo dos defeitos civilizacionais.
Na cidade de Coketown (fictícia) proliferam fábricas que a cobrem de negro e cuja laboração é assegurada por um grupo de pessoas denominado Braços. Um banqueiro assume a sua ascensão da pobreza para o seu lugar social como fruto do seu trabalho o que o motiva para desprezar os trabalhadores que sofrem e não sobem na vida como ele. Por sua vez o chefe de uma família comercial educa os seus filhos apenas para uma estratégia racional, sem emoções baseada em factos contrapondo-se ao pessoal de um circo de onde acolhe uma criança e nesta via de formação a sua filha aceita casar-se com o banqueiro bem mais velho para bem de um irmão estroina e imaturo, o que causa a inveja de uma velha dama preterida, as dificuldades dos trabalhadores conduz a lideranças no seio dos braços onde uma esmagada desonrosa e desonestamente a outra, paralelamente surge um roubo no banco e uma tentativa de vingança passional cuja engrenagem é acelerada por oportunistas do momento aos vislumbrarem todos estes defeitos dos protagonistas. Assim se constrói uma trama que conduz a uma lição de ética, moral, uma proposta de convivência social e um manifesto ambiental.
A escrita é escorreita, mas num tom algo artificial pela opção sinuosa para deixar críticas sociais veladas e denunciar preconceitos sem tomar partido por uma das parte, apontar rumos e deixar pistas para o crime e vícios individuais sem abrir todo os segredos, além de denunciar problemas ambientais já evidentes à data da obra.
Um excelente livro que apela à justiça social, à cooperação entre classes e a uma educação plena da pessoa humana. Fácil de ler e interessante.
Na cidade de Coketown (fictícia) proliferam fábricas que a cobrem de negro e cuja laboração é assegurada por um grupo de pessoas denominado Braços. Um banqueiro assume a sua ascensão da pobreza para o seu lugar social como fruto do seu trabalho o que o motiva para desprezar os trabalhadores que sofrem e não sobem na vida como ele. Por sua vez o chefe de uma família comercial educa os seus filhos apenas para uma estratégia racional, sem emoções baseada em factos contrapondo-se ao pessoal de um circo de onde acolhe uma criança e nesta via de formação a sua filha aceita casar-se com o banqueiro bem mais velho para bem de um irmão estroina e imaturo, o que causa a inveja de uma velha dama preterida, as dificuldades dos trabalhadores conduz a lideranças no seio dos braços onde uma esmagada desonrosa e desonestamente a outra, paralelamente surge um roubo no banco e uma tentativa de vingança passional cuja engrenagem é acelerada por oportunistas do momento aos vislumbrarem todos estes defeitos dos protagonistas. Assim se constrói uma trama que conduz a uma lição de ética, moral, uma proposta de convivência social e um manifesto ambiental.
A escrita é escorreita, mas num tom algo artificial pela opção sinuosa para deixar críticas sociais veladas e denunciar preconceitos sem tomar partido por uma das parte, apontar rumos e deixar pistas para o crime e vícios individuais sem abrir todo os segredos, além de denunciar problemas ambientais já evidentes à data da obra.
Um excelente livro que apela à justiça social, à cooperação entre classes e a uma educação plena da pessoa humana. Fácil de ler e interessante.
fui até ver, esse do dickens não li. adoro esse autor. quero ler esse, me interessei muito depois da resenha. beijos, pedrita
ResponderEliminarE um Dickens muito bom, por defender as suas opiniões de justiça sem desrespeitar nenhuma classe, várias personagens têm coisas más e outras boas, em vez de uma visão maniqueísta e as descrições dos problemas ambientais são muito boas. Título no original Hard Times.
ResponderEliminar