O romance "Um Gentleman em Moscovo", do norteamericano Amor Towles, apesar de ser uma obra contemporânea, é um dos melhores exemplos do que é a delicadeza e a graciosidade colocada em ficção para transformar um livro numa joia de entretenimento com alguma informação histórica intercalada quanto baste para não perder a sua essência de leveza literária e agradar ao leitor que não deseja aventurar-se para além de um lazer leve com charme e humor inteligente.
O Conde Aleksandr Rostov, descendente de uma das famílias da melhor nobreza da Rússia czarista, na sequência da revolução bolchevique é levado a julgamento pelo seu passado aristocrático, todavia um poema de 1913, de quem é reconhecido como autor e com um elogio à causa comunista, livra-o da pena de morte, ficando apenas limitado a prisão-perpétua domiciliária no hotel mais luxuoso de Moscovo, o Metropol, no qual era hóspede residente. Assim, é despromovido para os alojamentos dos antigos criados dos clientes e recomeça a sua vida.
Se antes fora um cavalheiro de hábitos requintados, um exemplo de aplicar a melhor etiqueta social da Europa e conviveu com a sociedade mais nobre do Velho Continente, lentamente o Conde adaptar-se-á à nova realidade, aproveitando o que de melhor pode usufruir no seu hotel descobrindo recantos antes vedado a ele como hóspede, deste modo vai cativando amizades nos empregados, estabelece contacto com hóspedes pela sua habilidade diplomática e cultura, inclusive ensina regras a personalidades do novo regime e assim sobrevive ao longo de décadas, onde se vai descobrindo certas mudanças no país, alguns pormenores absurdos do regime e inclusive desenvolve amizades, uma relação amorosa e até consegue educar uma criança.
Com uma escrita que procura conciliar a delicadeza do estrato aristocrático e típica do estilo anglo-saxónico, conciliada com uma ironia subtil que permite criticar muitos aspetos da União Soviética sem ofender ideologicamente o leitor e sem sobranceria para com a pátria e cultura russa, o Conde Rostov, como gentleman, consegue uma vida de charme e luxo numa sociedade onde os problemas eram transversais à maioria da população, mas sem deixar de ser um prisioneiro político exilado na sua pátria que ama. Uma leitura leve, cheia de bom-humor, boa-disposição e agradável mas inteligente bastante diferente da maioria da literatura contemporanea.
O Conde Aleksandr Rostov, descendente de uma das famílias da melhor nobreza da Rússia czarista, na sequência da revolução bolchevique é levado a julgamento pelo seu passado aristocrático, todavia um poema de 1913, de quem é reconhecido como autor e com um elogio à causa comunista, livra-o da pena de morte, ficando apenas limitado a prisão-perpétua domiciliária no hotel mais luxuoso de Moscovo, o Metropol, no qual era hóspede residente. Assim, é despromovido para os alojamentos dos antigos criados dos clientes e recomeça a sua vida.
Se antes fora um cavalheiro de hábitos requintados, um exemplo de aplicar a melhor etiqueta social da Europa e conviveu com a sociedade mais nobre do Velho Continente, lentamente o Conde adaptar-se-á à nova realidade, aproveitando o que de melhor pode usufruir no seu hotel descobrindo recantos antes vedado a ele como hóspede, deste modo vai cativando amizades nos empregados, estabelece contacto com hóspedes pela sua habilidade diplomática e cultura, inclusive ensina regras a personalidades do novo regime e assim sobrevive ao longo de décadas, onde se vai descobrindo certas mudanças no país, alguns pormenores absurdos do regime e inclusive desenvolve amizades, uma relação amorosa e até consegue educar uma criança.
Com uma escrita que procura conciliar a delicadeza do estrato aristocrático e típica do estilo anglo-saxónico, conciliada com uma ironia subtil que permite criticar muitos aspetos da União Soviética sem ofender ideologicamente o leitor e sem sobranceria para com a pátria e cultura russa, o Conde Rostov, como gentleman, consegue uma vida de charme e luxo numa sociedade onde os problemas eram transversais à maioria da população, mas sem deixar de ser um prisioneiro político exilado na sua pátria que ama. Uma leitura leve, cheia de bom-humor, boa-disposição e agradável mas inteligente bastante diferente da maioria da literatura contemporanea.
não conhecia. linda capa. beijos, pedrita
ResponderEliminarÉ um escritor muito recente (não tão jovem assim)e este o seu segundo livro e por isso sem nome firmado em muita gente, apesar do grande sucesso que tem tido no seu género de literatura cheia de requinte e delicadeza.
ResponderEliminarO livro é de capa dura e com estes dourados em coerência com o seu conteúdo e dá ideia do estilo da obra.
Tinha este livro debaixo de olho mais pelo facto de a capa ser lindíssima, confesso - agora vou anotar como sugestão séria.
ResponderEliminarUm livro que consegue ser ao mesmo tempo divertido, ligeiro e sério, é difícil comparar com outras obras contemporâneas.
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