Excerto de A Tempestade
António: É verdade.
E reparai como as vestes me assentam bem.
Muito melhor que antes. Os vassalos do meu irmão eram então meus companheiros, e
agora são meus servos tributários."
Um livro com duas obras relacionadas, uma de teatro: "A Tempestade" de William Shakespeare, a outra a seguir: o poema e texto "O mar e o Espelho" de W H Auden que acrescenta mais um episódio à peça anterior.
A Tempestade mais não é que um ato mágico que se abate sobre o navio onde viaja o rei de Nápoles e seu filho, bem como o usurpador do ducado de Milão e o irmão de rei, além de outros elementos da sua corte, fazendo-o encalhar precisamente na ilha onde o usurpado mágico, o Duque Próspero, está exilado com sua filha. A partir daqui, num confronto entre os planos traiçoeiros de subordinados ambiciosos e ingratos para com quem os governa e o plano organizado pelo verdadeiro duque de Milão, com a ajuda de alguns entes sobrenaturais, com o fim de os maus serem desmascarados e os bons reabilitados, desenvolve-se numa paródia moral, da luta entre o bem e o mal.
Ao contrário das tragédias mais conhecidas de Shakespeare, aqui não há mortos e a magia interfere no desenrolar da ação de uma forma direta, criando-se uma história fácil e agradável, mas onde as personagens de comportamento más e boas têm uma força dramática que as tornaram referências culturais na literatura.
A tradução desta peça foi precisamente feita por vários atores portugueses para ser representada numa das principais companhias de teatro de Portugal, criando um compromisso entre o estilo arcaico sob a técnica do verso e a arte dramática na atualidade. Gostei do texto e muito desta obra, que embora sem a popularidade de certas tragédias, mostra a grande capacidade de Shakespeare em fazer retratos psicológicos dos dramas da sociedade e denunciar o mal que as afeta.
A Tempestade mais não é que um ato mágico que se abate sobre o navio onde viaja o rei de Nápoles e seu filho, bem como o usurpador do ducado de Milão e o irmão de rei, além de outros elementos da sua corte, fazendo-o encalhar precisamente na ilha onde o usurpado mágico, o Duque Próspero, está exilado com sua filha. A partir daqui, num confronto entre os planos traiçoeiros de subordinados ambiciosos e ingratos para com quem os governa e o plano organizado pelo verdadeiro duque de Milão, com a ajuda de alguns entes sobrenaturais, com o fim de os maus serem desmascarados e os bons reabilitados, desenvolve-se numa paródia moral, da luta entre o bem e o mal.
Ao contrário das tragédias mais conhecidas de Shakespeare, aqui não há mortos e a magia interfere no desenrolar da ação de uma forma direta, criando-se uma história fácil e agradável, mas onde as personagens de comportamento más e boas têm uma força dramática que as tornaram referências culturais na literatura.
A tradução desta peça foi precisamente feita por vários atores portugueses para ser representada numa das principais companhias de teatro de Portugal, criando um compromisso entre o estilo arcaico sob a técnica do verso e a arte dramática na atualidade. Gostei do texto e muito desta obra, que embora sem a popularidade de certas tragédias, mostra a grande capacidade de Shakespeare em fazer retratos psicológicos dos dramas da sociedade e denunciar o mal que as afeta.
Excerto de O Mar e o Espelho
"Se a idade, que é certamente
Tão retorcida quanto a juventude, parece mais sábia,
É porque a juventude ainda está apta a crer
Que vai levar a sua de qualquer modo, enquanto a idade
Sabe bem de mais que já levou o seu nada:"
W H Auden é um poeta inglês naturalizado americano que inclusive trabalhou texto para óperas de Stravinsky, que escreveu temas de religião e moral num modo moderno.
Esta sua obra "O Mar e o Espelho" começa com uma série de poemas, cada um recitado por uma das diferentes personagens de "A Tempestade" e desenvolvem um ato a seguir ao epílogo da peça original, a viagem de saída da ilha, com reflexões sobre a moralidade e o comportamento dos intervenientes do drama, poemas que gostei e fazem refletir sobre a anterior de Shakespeare.
A seguir existe um conjunto de textos de Ariel, o principal ser sobrenatural de A Tempestade, que confesso: pelo estilo de escrita, densidade e não sei se defeito de tradução, me levaram a desistir de ler. Saturavam-me antes de perceber o conteúdo. Valeram os poemas que enriqueceram o livro em muito.
A publicação deste livro, apesar de ser e de já estar em segunda edição, tem-se esgotado com rapidez, talvez por pessoas que tenham assistido à peça ou optem pelo conjunto, apenas o encontrei neste momento disponível neste endereço da Bibliografia Nacional Portuguesa
eu não li mas vi filmes e uma ópera de um brasileiro. o filme do peter greenway é impressionante. é randõmico, dá sono. difícil ficar de olho aberto. vi no cinema e fiquei impactada. verdadeira obra de arte. shakespeare é sempre maravilhoso. tb falei de livro no meu blog. beijos, pedrita
ResponderEliminarNão consigo imaginar como esse realizador fez um filme que dá sono, a peça está cheia de vida e rapidamente se vai descobrindo os cordelinhos mágicos e o objetivo de vingança/reabilitação dos usurpadores e do casamentos pretendido.
ResponderEliminarShakespeare é de facto maravilhoso, quanto mais o leio, mais gosto dele.
Olá, Carlos!
ResponderEliminarFaz tantos anos que li A Tempestade que não me lembrava mais da premissa dessa história!
Não conhecia W H Auden e gostei bastante do poema =)
Pois na verdade de Shakespeare por norma conheço melhor as suas obras adaptadas à opera do que as peças em si, mas nos últimos anos já li várias e tenho gostado sempre. Esta desconhecia de todo.
ResponderEliminarTambém nunca tinha ouvido falar de Auden, embora soubesse das obras de Stravinsky, desconhecia o autor dos libretos.