"Thérèse Desqueyroux", do francês laureado com o Nobel da literatura em 1952 François Mauriac, baseia-se num caso real em França: uma tentativa de de envenenamento do marido e absolvição da esposa devido ao próprio testemunho da vítima por questões de interesse. Esta obra relata não só a relação no casal após o julgamento, a forma como o marido iniciou a sua vingança e as reflexões introspetivas da esposa sobre o seu passado que a levou ao crime.
O desenrolar da situação, ora com pequenos diálogos, ora contado na terceira pessoa pelo narrador que passa abruptamente por extensas reflexões e descrições feitas na primeira pessoa de Thérèse, por onde esta se vai conhecendo, compreendendo as razões do seu casamento, pessoais e familiares, a sua visão do marido e levanta um conjunto de interrogações a si mesmo, que vão desde a sua liberdade, às formas de como com a sua orgulhosa inteligência e cultura se deixou atar numa rede de interesses, aos sentimentos do amor, frustração, descoberta do mundo real e a questão de Deus.
Apesar de momentos tensos e de uma grande violência psicológica, na realidade a obra mostra como os interesses conjugados de ambas as partes foram capazes de chegar a uma solução e como esta gerou um desconforto na sociedade. Uma pequena obra de grande interesse. Gostei.
como te disse, um amigo que me presenteou com uma edição linda que ele comprou em um sebo e pediu para entregar. é muito feminina essa obra. a forma como ela é tratada é tão assustador. quase conseguimos perdoar o que fez. há um filme igualmente incrível.
ResponderEliminaro livro eu falei aqui http://mataharie007.blogspot.com.br/2010/11/therese-desqueyroux.html
e o filme aqui http://mataharie007.blogspot.com.br/2014/10/therese-desqueyroux.html
decameron, corajoso. eu vou levar tempo para terminar os miseráveis. beijos, pedrita
ah, não sei se acompanhou a tragédia em minas gerais do deslizamento de barro de uma mineradora. assustador.
ResponderEliminarVi as reportagens da enxurrada da barragem que passaram nos canais noticiosos em Portugal e em blogues de geologia na net, pelas imagens terríficas a catástrofe foi menos mortal do que poderia ter sido, não sei se houve tempo para parte das populações terem sido evacuadas antes da chegada das águas.
ResponderEliminarSim, houve um momento que eu pensava que os monstros eram o marido e a família e ela a única vítima.
é, foi bem assustador.
ResponderEliminaro livro é bem complexo. maravilhoso.
aqui tem várias fotos http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/11/1702766-nenhuma-barragem-rompe-por-acaso-diz-promotor-que-apurara-caso-em-mg.shtml
ResponderEliminarOlá Carlos!
ResponderEliminarTem um "desafio" para si no meu blogue :)
Passe por lá.
Boas leituras!
fizeram uma matéria e mostram várias imagens da região http://entretenimento.band.uol.com.br/cqc/2015/video/15679565/proteste-ja---mariana-conheca-os-bastidores-da-tragedia.html?mobile=true
ResponderEliminarInteressante. Fiquei curiosa para ler essa obra. Desse autor li apenas um texto acadêmico sobre Museu e obras de arte, muito bom.
ResponderEliminarPois, apesar de pequeno, é muito interessante e vale a pena a sua leitura.
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