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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

"A ilha" de Aldous Huxley


Acabei de ler "A Ilha" de Aldous Huxley, onde um jornalista consegue aceder e compreender o modelo de gestão social de uma ilha situada no Índico interdita a muitos estrangeiros, sobretudo a pessoas da imprensa, para proteção do seu estilo de governação, cuja forma e as prioridades são bem diferente das do resto do mundo.
O autor expõe assim uma sociedade utópica, governada por ideais para denunciar muitos dos vícios da sociedade ocidental, mas também demonstra que perante a globalização uma alternativa do género dificilmente resiste à ambição económica e política instalada na rede mundial.
A obra que aborda assuntos que vão deste a educação, a saúde, a morte, o consumismo e a religião, neste campo contrastes entre o dogmatismo e a reflexão budista, é heterogénea, tem momentos de crítica social que parecem denúncias perfeitas do mundo atual, noutros, Huxley entra em devaneios e contradições, inclusive o recurso a psicotrópicos para compreender o fim em si.
Em "A Ilha" mostra-se um mundo muito mais viável e contemporâneo que a visão futurista de "O admirável mundo novo", mas onde o ideal da perfeição e a centralidade do ser humano são os pilares da sociedade, infelizmente valores que estão ameaçados por uma civilização consumista, belicista e preconceituosa por crenças dogmáticas que não valorizam o Homem. Gostei da obra e recomendo.

5 comentários:

  1. eu li faz tempó. não li esse que vc está lendo do moravia. beijos, pedrita

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  2. De Aldous Huxley li "Admirável Mundo Novo" e "Folhas Estéreis", ambos no original em inglês. Vou colocar "A Ilha" na minha lista.
    Denise

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  3. É menos forte que "O admirável mundo novo"

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  4. Olá Carlos :)

    Tenho uma estima incalculável por este autor. Um livro que ainda não li, mas quero ler sem dúvida!

    "O Admirável Mundo Novo" é um dos livros da minha vida :)

    Beijinhos e boas leituras

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  5. Não tem a força de "O admirável mundo novo" mas é uma obra que tem muitos elementos que convidam a pensar.

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