Escrito em estilo epistolar, o romance baseia-se em alguns factos reais, como o navio negreiro Nação Crioula, intercalados com acontecimentos de ficção.
A obra está estruturada como um conjunto de cartas de Fradique Mendes (personagem fictícia mantida por vários escritores do século XIX em artigos de jornais na sua época em Lisboa) entregues a Eça de Queirós e nas quais se relata a paixão do protagonista por Ana Olímpia (destinatária de várias missivas) e sua vida social em Luanda, se descreve o tipo de relações comerciais entre esta colónia e o Pernambuco no Brasil, bem como as contendas entre escravocratas, abolicionistas, negreiros e tensões para o fim desta exploração de mão de obra por parte de várias nações europeias.
José Eduardo Agualusa aproveita assim para expor numa escrita muito linear e epistolar os dilemas do fim da escravatura, vários preconceitos e desumanidades que modelavam a vivência de Luanda, Brasil, Portugal e perspetivas filosóficas, religiosas e políticas em confronto no império português com as visões e ideias vindas do norte da Europa, bem como alguns aspetos do comportamento dos africanos. O livro lê-se muito bem, gostei muito, tem uma escrita acessível e recomendo a qualquer tipo de leitor.
eu li uma obra desse autor e gostei muito. a narrativa desse me deixou muito curiosa. vou atrás. agualusa acaba de lançar a rainha ginga. estou na torcida para conseguir achar. a capa de rainha guinga é belíssima. beijos, pedrita
ResponderEliminar"A rainha Ginga" será lançado em Lisboa no próximo dia 6 com Mia Couto como apresentador, a capa é muito bonita, não se se igual à DO Brasil, uma negra num fundo verde água com um chapéu que em parte me faz lembrar a Carmen Miranda, mas penso que com flores.
ResponderEliminarColoquei na minha lista de "a Ler" (que está ENORME!)
ResponderEliminarDenise
Coloquei na minha lista "A Ler" (que está ENORME!)
ResponderEliminarDenise
e fez muito bem... é pequenino, interessante, por isso lê-se rapidamente.
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