Editora Bertand
Acabei de ler "Eu, Cláudio" de Robert Graves. Um livro que teoricamente é escrito na primeira pessoa por este imperador romano, mas mais do que uma autobiografia, é uma crónica do que foram os tempos de Roma em grande parte do do período da dinastia Júlio-Claudina, no início da nossa era e onde Cláudio: gago, coxo e considerado por muito como idiota, se tornou culto, viveu, sofreu, sobreviveu a uma série de assassínios e ainda chegou a imperador.
Numa escrita simples, pretendendo estar conforme com a personalidade simples do protagonista; muitas vezes irónica e mordaz, fruto da perspicácia e da autoformação conseguida pelo autor; Robert Graves põe-nos Cláudio a falar da família imperial, desde o seu nascimento nos tempos do imperador Augusto (o tio-avô materno e contemporâneo do nascimento de Jesus) com os esquemas venenosos da sua segunda mulher Lívia (avó paterna) para levar ao poder o filho desta Tibério (tio) a que se seguiu um tempo ainda mais graves e com um desfile de mortes em série, como chegou a imperador o ainda pior Calígula (sobrinho) com toda a sua loucura e o terror, até à entronização de Cláudio como salvador predestinado e a oportunidade dos romanos lerem as suas obras de investigação histórica.
Apesar dos tempos negros, o livro é leve, divertido e de fácil leitura pelo tom colocado no texto. É uma forma interessante de fazer um romance histórico a descrever um período louco e terríficos de Roma sem cansar. Gostei e recomendo.
parece muito interessante, fiquei muito curiosa. tb não li nada desse autor franzen que está lendo. beijos, pedrita
ResponderEliminarExiste uma série britânica baseada neste livro com o mesmo nome e que entra no livro seguinte com Cláudio já imperador que fez muito sucesso por toda a Europa.
ResponderEliminarFranzen é um escritor em alta nos Estados Unidos, este é o seu livro mais recente e pelo que já li fala do dia a dia dos cidadãos normais e as várias questões, preocupações e vícios da atualidade.