Não tem é muito comum dissertar aqui sobre livros do género ensaio, algo que também gosto de ler em simultâneo com literatura e ciências.
Onésimo Teotónio Almeida é um Açoriano, formado em filosofia, que leciona em universidades na Nova Inglaterra temas relacionados com a sua área, mas também escreve ficção e tem vários livros de contos.
"De Marx a Darwin" reflete sobre o aproveitamento da teoria científica da evolução das espécies e sobrevivência dos mais aptos no suporte de determinadas ideologias neoliberais, como se a ciência validasse ideologias e modelasse a ética, bem como o esforço de uma ideologia, baseada na razão e em princípios éticos e morais por si só tivesse valor científico sem a validação do método experimental.
Entre o ser assim e o deve ser ou como deve ser e querer que a realidade se submeta, vai uma grande diferença e uma dose de humildade nos partidários da ideologia e nas ciências é preciso para reconhecer a impertinência de se impôr ao outro face à ignorância que ainda domina o conhecimento alcançado.
Por fim os reflexos de Darwin sobre três Açorianos: Sena Freitas, um padre que procurou desmontar o evolucionimo com a humildade de sentir mais faltas de provas na época do que argumentos religiosos; Nogueira Sampaio cauteloso e vítima da intolerância religiosa contra teorias científicas; e Arruda Furtado, um discípulo de Darwin com quem teve uma correspondência profícua para a sua curta longevidade.
eu não li marx, deve ser boa essa leitura depois de conhecer mais a fundo marx. beijos, pedrita
ResponderEliminarEu também não li, mas por coincidência temporal, estou a ler Charles Darwin
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