A minha primeira impressão de Veneza foi de deslumbramento pela sua beleza...
O movimento das gôndolas, dos vaporetti, dos táxis e barcos de carga no Grande Canal defronte a dezenas ou centenas de fachadas de palácios róseos de estilo veneziano é algo único e de uma poesia e estética inesquecível.
As várias pontes que ligam ruas ou ilhas, com destaque para a arquitetura da do Rialto.
As praças rosadas onde afluem numerosas ruas estreitíssimas que conferem um emaranhado labiríntico à cidade.
Os pequenos canais que ora fazem de rua, ora são um rio entre passeio, ora atravessam praças e sempre com numerosas pontes de tamanhos variados.
A imensidão e imponência da praça de São Marcos com as suas arcadas, a torre campanille e a fachada bizantina da catedral esmagam pela beleza a primeira entrada do visitante vindo das ruelas que a bordejam.
Em torno de São Marcos tudo é arte, imóveis tão diferentes combinam-se para dar um quadro harmónico com uma estética inigualável.
A leveza e luz projetada pelo palácio dos Doges impressiona, cativa e desperta ternura para com um imóvel que foi sede de poder e onde a prepotência e a tortura parecem não ter podido ali localizar-se.
Um interior desta residência é nada menos belo, imponente que o seu exterior mágico.
Tal como a magnificência dos dourados, dos mosaicos, dos tesouros e da arquitetura da catedral bizantina de São Marcos.
O romantismo dos gondoleiros e a serenidade da deslocação destas embarcações por pequenos canais de águas verdes a cheira a algas de lagoas estuarinas.
O arquipélago que rodeia a cidade, com os seus campanários e imponência das suas catedrais e beleza do casario separado por autoestradas de água.
Tudo se conjuga para uma cidade única onde a beleza é omnipresente
Tanto defronte dos palácios e templos, como nos becos, nos pequenos canais, no casario desbotado e com rebocos caído e nas ruelas labirínticas ou no chão, na água e mesmo no cimo da campanile... beleza é a palavra que combina na perfeição com Veneza.