Quando o li não escrevi qualquer artigo neste blogue, ficam abaixo dois textos, adaptados para o momento, e escritos noutros espaços sobre esta obra.
Cruzei-me no passado verão com o primeiro volume de "Em busca do tempo perdido", numa tradução de Maria Gabriela de Bragança de 1984, numa edição em letra quase microscópica dos livros de bolso da Europa-américa.
Nunca lera Proust, mas a curiosidade e o receio desta obra já há muito nascera em mim, por coincidência acabara de ler um livro na noite anterior e era momento de começar noutro. Assim, por uns cêntimos, lá aventurei-me a entrar nas recordações dum narrador que escreve parágrafos de várias páginas e é capaz de pormenorizar e vaguear em torno de um pormenor em memória.
Depois de Rubem Fonseca, primeiro estranhei... agora estou a entranhar.
A tradução parece razoável, se tiver como referência excertos na internet da de Tamen, apesar das numerosas gralhas de impressão, mas é um mundo totalmente diferente do que eu já lera até hoje: fácil não é, mas é profundo e dá para refletir sobre o comportamento psicossocial do ser humano.
Pode-se amar ou odiar esta forma de escrever, ficar indiferente talvez não e ainda é cedo para falar mais do isto...
...a gente não conhece a própria desgraça, que nunca se é tão feliz como se julga."
Marcel Proust "Em busca do tempo perdido. Vol. 1"
Duas ideias curtas que se encontraram num mesmo parágrafo de um livro onde divagam ideias ao longo de uma escrita prolixa e por onde muitas vezes nos perdemos, mas onde gostei de mergulhar...
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