De um dos meus poetas predilectos do século XX
Arma Secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
António Gedeão
lindo! beijos, pedrita
ResponderEliminarO poeta português do século XX que exalta as ciências naturais como ninguém...
ResponderEliminarPoema riquíssimo em mensagem. Penso que a palavra Amor podia ser substituída pela palavra PALAVRA. A professora Adelaide Freitas ensinou-me, apud Otavio Paz, que a Palavra consegue ser mais poderosa do que uma G3. Fábio Mendes
ResponderEliminar@ Fábio
ResponderEliminarSou obrigado a concordar plenamente com o teu comentário por estar cheio de razão, só não posso substituir o "Amor" de Gedeão no post por o poema ser dele e não meu.
Espetacular
ResponderEliminarSim, penso que uma obra-prima ao estilo único de Gedeão
ResponderEliminar