Farol do Arnel - São Miguel. Foto de Carlos Campos
Entre as várias fotos que já recebi para possível publicação neste blog, esta é uma das mais me toca, por mostrar este farol de um ângulo que parece perdido sobre o mar, como que uma prova da solidão destes homens que a partir de terra tinham a função de guiar os homens do mar.
A memória da minha infância tem um espaço reservado para o farol da Ribeirinha: os cheiros dos seus motores, a rotatividade dos faroleiros e famílias com as crianças que iam e vinham todos todos, a companhia do feixe luminoso nocturno e a imponência do imóvel na paisagem, por isso, sempre que vejo um farol, fica-me cá dentro uma nostalgia e um vazio difícil de preencher...
belíssima imagem, parece foto de filme. me lembrou aquele filme maravilhoso a mulher do tenente francês. beijos, pedrita
ResponderEliminarSei qual é o filme e percebo a comparação.
ResponderEliminarAdoro faróis.
ResponderEliminarEsta foto, apesar de bonita, não traduz a sensação quando se está lá.
Acredito, mas este é um dos poucos dos Açores onde nunca estive junto a ele ou no seu interior...
ResponderEliminarMemórias de infância... tenho dedicado ultimamente muito tempo a pensar nelas.
ResponderEliminarAbraço
- m
Pois a mim acontece que a distância já é maior logo a saudade aumenta e ainda no caso do Farol foi-se com o sismo, apenas ficou a ruína que dói
ResponderEliminarSinto o cheiro do isolamento nesta foto ...
ResponderEliminarEste é o farol da minha infância. Passei muitas horas aqui sentado na companhia de meu avô e dos seus amigos. Ouvi contar as histórias do antigamente, dos homens dos outros tempos, das dificuldades e das entreajudas. Era tudo muito diferente nessa altura.
ResponderEliminarSó poucas vezes fui ao farol e já maiorzinho, mas ainda bem, porque aqui de longe imaginava mil e uma coisas.
Obrigado por postar esta imagem, fez-me recordar momentos que estavam adormecidos.
Carlos Campos.
Há uns anos atrás descobri (li), não sei bem onde, que o farol está assente em cima de uma escoada lávica que preencheu um vale de uma antiga ribeira.
ResponderEliminarDa imagem dá para perceber; aquela ponta saida é a escoada.
Parte do vale à muito que desapareceu, o poder do mar foi erodindo as falésias de composição mais "macia", fazendo recuar a linha de costa.
Esta é apenas uma curiosidade, que nos pode fazer ver o poder da Mãe Natureza e o alcance do tempo geológico.
Abraço.
Carlos Campos.
Boas Carlos
ResponderEliminarEu nunca estive junto ao farol, pelo que não posso confirmar tudo o que disseste. Mas vejo perfeitamente da foto que se trata de um relevo de resistência à erosão, pelo que é provável o que disseste sobre o vale preenchido.
Sobre as memórias ligadas a farois, também as tenho associadas à infância.