Em torno da minha baía
Aqui, na areia,
Sentada à beira do cais da minha baía
do cais simbólico, dos fardos,
das malas e da chuva
caindo em torrente
sobre o cais desmantelado,
caindo em ruínas
eu queria ver à volta de mim,
nesta hora morna do entardecer
no mormaço tropical
desta terra de África
à beira do cais a desfazer-se em ruínas,
abrigados por um toldo movediço
uma legião de cabecinhas pequenas,
à roda de mim,
num voo magistral em torno do mundo
desenhando na areia
a senda de todos os destinos
pintando na grande tela da vida
uma história bela
para os homens de todas as terras
ciciando em coro, canções melodiosas
numa toada universal
num cortejo gigante de humana poesia
na mais bela de todas as lições
HUMANIDADE.
Alda do Espírito Santo
Gostei,é dos que tocam mesmo no fundo das nossas almas.
ResponderEliminarPor isso, neste périplo de mostrar a riqueza da poesia lusófona em todos os países que partilham a nossa língua oficialmente, foi importante seleccionar um poema grande num país pequeno como São Tomé e Príncipe.
ResponderEliminarlindo. beijos, pedrita
ResponderEliminar@Pedrita
ResponderEliminara potencialidade da língua nos diversos pontos do mundo para exprimir sentimentos é sempre grande.
Lindo poema! A língua portuguesa de facto é um imenso mundo de geografias diferentes, e ainda assim tão estranhamente familiares. E a imagem, Praia da Fajã?
ResponderEliminar@ilha
ResponderEliminarNeste périplo pretendo mostrar isso.
Sim, é a Praia da Fajã.