Não vou questionar as redes hospitalar e de cuidados de saúde nos Açores, por serem temas estranhos aos discutidos neste blog. Também não quero apontar culpados de nenhum campo ou desvalorizar os profissionais que certamente dão o seu melhor com as condições que lhes são disponibilizadas.
Mas que o modelo de transporte de doentes entre o Pico e o Faial é desumano, desadequado a pessoas com problemas de saúde e humilhante... é!
Não vou apontar soluções ou optar por esta ou aquela proposta, mas o transporte de doentes deve-se fazer sempre em condições de segurança, conforto e dignas; independentemente de ser entre estas duas ilhas ou quaisquer outros dois locais.
Estamos em pleno século XXI e na Europa. Só quem não é sensível pode ficar indiferente ao assistir doentes à espera de embarcar como carga diante dos olhos de todos: turistas, passageiros regulares, pessoas de educação e idade variada, características de carreiras normais de transporte marítimo.
Queira o humanismo, a boa-vontade e o bom-senso prevalecer sobre outras questões menores e encontrar soluções dignas para estes casos da vida açoriana
Pois até porque não deve ser difícil mesmo com os mesmos meios encontrar um protocolo que permita resolver o problema.
ResponderEliminarNão vou comentar nada que não fosse escrito neste post, porque concordo com o que referes, da primeira à última palavra.
ResponderEliminarMuito bem dito.
ResponderEliminarNão poderia estar mais de acordo.
Subscrevo na integra.
ResponderEliminarAinda bem que levantaste esta questão e neste local.
a todos
ResponderEliminarpor vezes temos de deixar alguns pruridos e levantar a voz em defesa de valores humanitários em que acreditamos, mesmo que este não seja um blog de intervenção social, não podia ficar mais tempo indiferente ao que voltei a ver no último fim de semana e pelos vistos ocorre diariamente.
Concordo em absoluto com tudo o que escreveu.
ResponderEliminarApenas mais uma nota: o transporte de doentes no Canal afecta APENAS os doentes do Pico...
Estou convicto que se os doentes do Faial também tivessem de passar pela "odisseia"...já teria sido arranjada uma solução decente.
Um abraço.
ao josé augusto soares
ResponderEliminarisso já não sei, meu pai teve de ser tratado fora do faial e as coisas também não foram muito humanas.
tema bem sensível a todos os que de alguma forma experimentaram ou acompanharam situações como a que descreveu.
ResponderEliminaracrescentaria que é uma pena a SATA (e mesmo a TAP) não preverem nos seus aviões alguns lugares para quem precisa de transporte especial para a Terceira/S. Miguel ou Lisboa.
a centralização de serviços é compreensível e justificável, mas deveria ter-se uma visão mais abrangente das consequências/problemas que essa «centralização» impõe.
(e escrevo com o conhecimento que tenho de duas viagens - uma delas com alternancia de destino devido ao mau tempo - de meus familiares)
cumptos
Compreendo o que disse por já ter sentido algo na pele também.
ResponderEliminarA mim, que já vi por diversas vezes as macas a sair do Barco, custou-me mais, uma vez, ver um caixão a sair...
ResponderEliminarJá me falaram que isso acontece, nunca vi, deve ser um chocante para quem vê, mas ao menos não é tão humilhante para o transportado como acontece com o doente consciente da sua situação e cercado de mirones.
ResponderEliminarPor uma questão de pudor, não olho para os doentes quando entram ou saiem da lancha. Não quero que se sintam ainda mais constrangidos e humilhados.
ResponderEliminarMas como o povo gosta de chafurdar na desgraça alheia, ali consola-se a ver a criatura (doente) que será o motivo da notícia e da fofoca. É isto que me irrita!
Os doentes tem que ser transportados, sem dúvida. A forma do transporte é que tem que ser revista. A maca devia ser coberta, para preservar a identidade e privacidade do doente. É uma questão de respeito humano.
A ideia que quis lançar foi mesmo a de revisão do modo de transporte e de exposição dos doentes.
ResponderEliminarAté porque nos países desenvolvidos existem ambulâncias para circular no mar e aviões e helicópteros para deslocação aéres e nós somos um arquipélago.