A deslocação a São Jorge, entre reuniões de trabalho, implicou um reconhecimento de campo, em equipa, de um vale entre a Serra do Topo e a Caldeira de Cima. Assim, após se sair da viatura, começou a descida com origem no local da foto acima e, dado o bom tempo, a promessa de paisagens idílicas concretizou-se. (clique nas fotos para as ampliar)
Logo quase no início a floresta natural de laurissilva dos Açores, com um solo detentor de uma cobertura vegetal húmida de Sphagnum sp., permitiu descobrir uma paleta de cores difícil de transmitir em foto... mesmo assim, é visível a grande diversidade de cor e beleza.
A geologia não esteve ausente da visita. Depois de se falar em filões no anterior post, eis que aqui vários outros se destacam na paisagem, também em resultado da erosão diferencial, e ficaram de tal forma salientes do solo que até permanecem visíveis acima das copas das árvores das extensas e densas manchas de floresta natural que cobrem as vertentes do vale.
Após algum tempo de viagem, finalmente, lá em baixo, ainda muito distante, surge a nossa meta: a Caldeira de Cima. Uns escassos telhados escuros, pastagens verde-vivo, recortadas de muros e situadas em terrenos pouco inclinados. Nota: a toponímia do local nada tem a ver com o significado geológico de "caldeira".
Perdido na paisagem, no fundo do vale e longe da civilização, ainda subsistem algumas casas dispersas, minimamente conservadas e habitáveis, entre outras já em grande estado de degradação que marcam o antigo e pequeno povoado a Caldeira de Cima. Várias têm aproveitamento turístico, para quem gosta de uma experiência diferente, longe da modernidade e ser envolvido de pura beleza natural.
Portanto se percebi bem aqueles riscos que se vêm a separar as copas das árvores são provocados por filões ao nível do solo ?
ResponderEliminarFotografias espectaculares !
ao fernando vasconcelos
ResponderEliminarsim, aqueles "riscos" próximos da verticalidade, vistos a grande distância, pelo que devem ter uma largura próxima do metro, são filões e se fossem de ouro lá já não estariam ;)
Já fiz esse percurso. SImplesmente idílico.
ResponderEliminarHá que manter e preservar esta natureza.
É isto que temos de riqueza, creio eu, em termos de turismo sustentado:
- A Rota das Fajãs.
Sem estradas ou viaturas!
ao periquito
ResponderEliminarquestiono-me: Por quanto tempo ficará preservado ainda?
Que bela paisagem, e fantastica fotografia.
ResponderEliminarBlogos deste valem a pena.
Parabens
anónimo
ResponderEliminare a reportagem deve continuar sobre este trabalho de campo... espero que também goste do próximo post.
És um felizardo!
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