Uma selecção de bons músicos; um director artístico com sensibilidade, cultura e gosto musical; um bom programa; um espaço com óptima acústica e têm-se um excelente concerto... e foi isso que aconteceu na tarde da Vigília Pascal, na Igreja de São Francisco, na Horta.
A Horta Camerata tocou e voltou a encantar o público que enchia plenamente este templo, em abandono e degradação acelerada.
A Horta Camerata tocou e voltou a encantar o público que enchia plenamente este templo, em abandono e degradação acelerada.
A Horta Camerata não é uma simples orquestra. É uma selecção feita por Kurt Spanier de bons músicos açorianos, frequentemente jovens, formados nos conservatórios destas ilha e muitas vezes a exercer actividade musical noutras partes do país; mais alguns outros músicos convidados, a quem lhe foi reconhecida qualidade, que vieram para os Açores, se encontram noutras partes de Portugal ou mesmo na Europa. Todos têm de ter capacidade de se integrarem facilmente numa orquestra e em pouco tempo produzir grande música para determinados momentos importantes, como o Natal ou a Páscoa, e deste modo chegam à Horta magníficos concertos.
Quando a Horta Camerata toca, consegue-nos transportar ao tipo de concertos que ocorrem, frequentemente, nos grandes centros musicais da Europa, realizados por bons músicos e com amor à música, muitas vezes profissionais, outras não.
Kurt Spanier nunca se inibe de procurar valores locais para tocarem como solitas perante açorianos que muitas vezes nem sabem dos valores que estas ilhas são capazes de produzir.
Este concerto não foi excepção, Kurt Spanier convidou Paulo Borges, um trompetista e professor de música terceirense, como solista do Concerto para Trompete de Haydn e mostrou mais uma vez a qualidade dos músicos que selecciona.
Este concerto não foi excepção, Kurt Spanier convidou Paulo Borges, um trompetista e professor de música terceirense, como solista do Concerto para Trompete de Haydn e mostrou mais uma vez a qualidade dos músicos que selecciona.
Kurt Spanier sabe que trazer valores externos credibiliza o projecto e este lança raízes dentro e fora de portas, bem como possibilita a divulgação dos eventos em publicações da especialidade, uma nova forma de dar a conhecer o Faial lá fora. Assim, frequentemente, alguém com créditos firmados vem de longe dar o seu contributo à música tocada nestes concertos. Desta vez o convite foi para a Soprano Mariana Leka, da Ópera de Tirana, que mostrou exactamente a sua mestria e a capacidade da Horta Camerata em acompanhar pessoas de elevado nível.
Assim, não admira que as duas horas tenham sido curtas para os presentes, que o "encore" - o Intermezzo da Cavalleria Rusticana - tenha levado ao público, de pé, a aplaudir a Horta Camerata, os solistas e Kurt Spanier ao longo de vários minutos...
Kurt Spanier, é um tenor austríaco que depois de ter desenvolvido parte da sua vida artística em Madrid, encontrou no Faial um local para repousar do trabalho, deliciar-se a ver o mar, respirar ar puro e mostrar que é possível trazer música de qualidade a uma pequena ilha em pleno Atlântico, onde desperta paixões pela Grande Música.
Felizmente vamos tendo uma Câmara que não considera a cultura como algo que serve apenas para fazer uns "bonitos" e vai fazendo apostas de qualidade!
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminardeve ter sido um bonito concerto. beijos, pedrita
ResponderEliminarao tiago r
ResponderEliminarnão faço segredo que a vereadora da cultura tem desenvolvido um trabalho interessante e tenho muito prazer em colaborar directamente com ela.
à pedrita
foi muito interessante e cativou um público presente
Parabéns!.
ResponderEliminarA todos.
Aos artistas e aos promotores.
A Cultura nunca fez mal a ninguém...
ao josé quintela
ResponderEliminarsim, estão todos de parabéns e a cultura só eleva a moral e a razão dos seus beneficiários.
Ora bem só é pena não ter sabido a tempo de dar o destaque no meu blog ... não que tenha mais leitores na Horta para além do Geocrusoe (acho) nem tão pouco acredito que consiga (ainda) convencer alguém a ir à Horta para ver um concerto. Quer dizer eu até que me poderia auto-convencer se tivesse possibilidades materiais para isso ... mas pronto sempre faria um pouco de publicidade. Fica para a próxima!
ResponderEliminarao fernando vasconcelos
ResponderEliminarpor norma eu recebo da Câmara e de outras instituições culturais e-mails para divulgação de eventos deste género, fica combinado que quando os receber com a adequada antecedência, dar-lhe-ei conhecimento para o tratamento que pretender.
..."foi bonita a festa,pá!"
ResponderEliminarVocês acreditam que os concertos a que assisto em Lisboa, muitas vezes não chegam aos calcanhares deste?
Por isso ando por aqui (agora que vou envelhecendo), na casa onde cresci, aproveitando tudo o que esta ilha e nossas gentes têm para oferecer. E este concerto foi divinal!
Então, isto não é um luxo?
Em todos os locais existem bons concertos e outros nem por isso. Claro que quando um grupo de músicos é bom e gostam mesmo de música, sobretudo aceitam tocar por prazer, isso reflecte-se na qualidade e o concerto melhora muito. este é o espírito da Horta Camerata.
ResponderEliminarConhecendo a qualidade do Kurt Spanier e da Horta Camerata, aposto que foi um verdadeiro momento de libertação pascal. Pena que este ano não houve férias que me levassem até lá...
ResponderEliminarà ilha dentro de mim
ResponderEliminarganhou na aposta. efectivamente foi pena a falta de férias, pode ser que haja mais oportunidades futuras.