As ruínas podem manter-se para memória futura, ser aproveitadas ou não para bem de todos, eis três exemplos que não tiveram sempre o mesmo destino.
Ruínas do Convento do Carmo em Lisboa, fortemente danificado com o sismo de 1 de Novembro de 1755, não foi reconstruído, mas o imóvel foi requalificado e intervencionado para acolher um museu arqueológico, é hoje um espaço seguro com eventos culturais e de atracção turística da capital de Portugal.
Farol da Ribeirinha no Faial, fortemente danificado pelo sismo de 9 de Julho de 1998, não se encara a sua consolidação, vedado para segurança dos visitantes, muitas vezes turistas, que continuam a ser atraídos pela beleza da zona e a forte presença do edifício na paisagem.
Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche em Berlim, fortemente danificada em 1943 pelos bombardeamentos da II Guerra Mundial, efectuou-se a limpeza das áreas totalmente destruídas, intervenção de consolidação da torre para acolhimento do Salão do Memorial e criação de condições de segurança. Foi edificada uma nova sineira e uma igreja nos espaços deixado vagos e de arquitectura moderna arrojada. Um importante ponto de atracção turística da capital Alemã.
As ruínas são também pedaços da nossa história. Visitar esse Farol da Ribeirinha é quase como que entrar no sismo de 98. Pena que a marinha insista em não cuidar desse local, nem deixar que cuidem...
ResponderEliminarÉ proibido certo?
ResponderEliminarPor causa da falésia...
Acho que nele devia ser construído um memorial ás 3 vitimas do sismo, e bla bla...
Também poderia ter um miradouro, a estrutura reforçada para não ceder em caso algum, mas mantendo o aspecto e parte dos destroços em volta?
Será possível??
As ruinas do farol e da igreja impressionaram-me bastante.
ResponderEliminarEu deixaria aparentemente como esta. Reforcaria a estrutura para nao ruir, mas como esta e o melhor memorial do sismo. E com o fundo verde e azul ganha uma magia unica. Lembra-nos que a Natureza e de Deus para os homens e nao dos homens.
Abraco.
Tal como referi num comentário relativo ao post da igreja da Ribeirinha, com a reconstrução em fase final, os sinais físicos do sismo de 1998(excluo naturalmente a memória de que passou pela experiência), estão a desaparecer. Creio que o Farol da Ribeirinha e a igreja, após uma intervenção de consolidação estrutural, iluminação cénica e criação de infraestruturas para lazer, podiam ser excelentes memoriais ao sismo, para que nos lembremos desse fenómeno omnipresente nas ilhas açorianas.
ResponderEliminarà ilha dentro de mim
ResponderEliminara zona envolvente recebeu uma operação de limpeza do entulho das ruínas e dos anexos desenquadrados do imóvel (a foto é de poucos dias antes e este ainda lá estão), semelhante à de Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche, não há é consolidação das ruínas que ficam interditas. Também não sei bem é quem não quer intervir na obra.
ao grifo
é proibido fazer novas moradias, por a zona oferecer risco com a proximidade da arriba costeira, não é proibido consolidar a ruína para melhorar as condições de segurança, nem transformar o imóvel num memorial, tal como se faz noutros locais. O maior problema é mesmo de vontade de quem tem poder para tal.
ao músico guerreiro
é essa situação de reforço e memorial que eu procuro demonstrar como sendo a solução adequada para o imóvel em causa. tu, apenas como visitante, tens a sensibilidade do impacte do farol e és alheio a todas as problemáticas locais. Por isso a tua opinião torna-se aqui um bom exemplo de isenção e validade.
ao miguel
apesar de amigos e cooperantes em projectos comuns, nem sempre estamos de acordo, mas neste caso subscrevo na íntegra o que dissestes.
Então devia ser algo prioritario, visto que mais um simo e o farol vai a baixo.
ResponderEliminardevia, mas... parece que não é.
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