impressões de um geólogo amante de livros e música erudita que vive numa ilha vulcânica bela e cosmopolita
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sábado, 28 de março de 2009
AMANHECER NO PORTO DA HORTA
Não conheço nenhuma cidade em Portugal tão debruçada e ligada ao mar, ao seu porto e à sua baía como a Horta, mas com uma beleza destas logo ao nascer do dia, alguém estranha tão intensa ligação?
ao fiat lux por acaso o momento de maior magia na minha memória da ilha aconteceu no vulcão dos capelinhos, numa excelente noite de verão e com lua cheia, mas a vista do pico é aumenta a magia do faial.
grifo efectivamente há momentos e luzes que tornam este canal único e pleno de magia.
aos incansáveis há várias formas de estresse, a pasmaceira por vezes faz adormecer as mentes de alguns e outros desesperasm perante isso... qualquer forma muito melhor que o estresse de uma grande cidade com RJ, SP ou Lisboa.
ao grifo ao não achei tanta piada, lembra-te que já fui sinistrado e que salvei a vida por instantes, de modo que acima de determinada intensidade sinto-me incomodado. Não deve haver granito no faial, quanto muito há traquitos e xenólitos de sienito (mto semelhante ao granito mas sem quartzo, aliás já fiz um post a brincar com isso e a atlântida)
ao tibério com dimensões diferentes devem existir, mas com o seu tamanho, calma, beleza e cosmopolitismo concordo que não haja muitas. Mas embora sinta a falta do Pico, gosto também da Praia da Vitória
De facto a vista é magnífica, no entanto não concordo contigo, Geo, relativamente ao facto da cidade da Horta ser a cidade de Portugal com maior ligação ao mar. Existem diversas cidades no continente que têm ligações muito fortes com o mar, a começar por Cascais (apesar de ser uma vila é na realidade uma cidade), Viana do Castelo, Sines, Funchal (Madeira e não no continente), etc. Na realidade podemos observar que a cidade da Horta ainda continua um pouco de costas voltadas ao mar, a começar pela Avenida 25 de Abril, completamente subaproveitada para lazer, bem como falta de cafés e esplanadas na marina, uma vez que o que existe está propositadamente subexplorado. Note-se que o espaço em frente à Câmara Municipal, espaço geralmente de destaque, tem obstruções de construções relativamente ao mar, quando o mesmo poderia ser um terreiro desocupado até à avenida (creio que existia um plano, bastante antigo, nesse sentido). No entanto existe um grande potencial de forte relação com o mar, basta caminhar nessa direcção. Não obstante, continuo a achar que a Horta é, indubitavelmente um dos melhores sítios do mundo para viver. Abraços, mv
ao miguel valente relativamente ao que dissestes há coisas em que concordo, outras não. Cascais (independentemente de ser vila) tem uma dimensão e uma vida noutro nível, é hoje um espaço da grande lisboa atractor de uma determinada elite da cidade em que está inserida, a divisão é administrativa dentro da metrópole, claro que tem vivências próprias, tal como brooklin tem perante manhattan, mas são dois pólos de uma grande urbe e não se compara com a horta, uma cidade afastada de qualquer grande centro. Sines vive de facto em parte à sombra do porto, é hoje um pólo industrial artificialmente criado... mas não lhe notei uma predilecção natural de cidade-mar. Funchal não conheço, embora a escala maior, tenho a impressão que terá uma ligação tão forte com o mar e o porto quanto a horta. Viana talvez tenha uma realidade como a horta, só não está debruçada em anfiteatro sobre o mar, nem tão aberta ao exterior. efectivamente o litoral da horta está com as fachadas contra o animigo: piratas, castelhanos, intempéries marítimas que atacavam o centro da cidade. Mas a Horta é a única cidade em Portugal num local remoto, sem dimensão populacional nem área para ser cidade, apenas o é por causa do seu porto e toda a população da horta historicamente tinha ligações ao mar lúdicas, comerciais e culturais, quase sem vínculo a outras terras em concreto, apenas abastecimento aos navios. Agora que há MUITÍSSIMO a fazer hoje para potenciar essa realidade e adaptar-se às mudanças do tempo, há. Sei que não gostastes da minha apreciação de cascais, uma das minhas zonas predilectas de lisboa ;) mas não julgo que nunca chegaremos a acordo aí.
sei sim senhor, 12 de Maio de 2007, como disse era a brincar com o sienito e a deixar em paralelo alguns aspectos de reflexão: http://geocrusoe.blogspot.com/2007/05/vestgios-da-atlntida.html
eu não falei de plataforma continental, falei de placa e isto tem a ver com uma outra teoria que explica alguns aspectos geoquímicos das rochas nos açores (resto de uma antiga placa que foi arrastado para o manto e foi absorvido por este). filões de cristais de sienito? sienito é uma rocha (cujos cristais são visíveis a olho nu como no granito)é mais provável ser traquítico com alguns critais (a composição química é igual ao sienito, embora não esteja cartografado nenhum filão desse género na praia do norte não é impossível de exisitir. outra coisa que existe muito importante na praia do norte são os xenólitos de faialite, falei deles aqui em 8 de abril de 2007 http://geocrusoe.blogspot.com/2007/04/xenlitos-e-faialite.html
tenho aqui olivina, sienito, e uma rocha que me parece sedimentar (a partir de compactação de terra e cascalho) ai destingem-se pedrinhas muito brilhantes, a maioria escura, tendo uma de um dourado metálico (até já brincaram comigo dizendo que tinha ouro :P)
Linda!
ResponderEliminar"O melhor do Faial é - mesmo- a vista para o Pico" :)
ResponderEliminarUma ligação magica criada por momentos de magia...
ResponderEliminarmuito lindo. beijos, pedrita
ResponderEliminarà ana rita
ResponderEliminarclaro!
ao fiat lux
por acaso o momento de maior magia na minha memória da ilha aconteceu no vulcão dos capelinhos, numa excelente noite de verão e com lua cheia, mas a vista do pico é aumenta a magia do faial.
grifo
efectivamente há momentos e luzes que tornam este canal único e pleno de magia.
pedrita
pois isto é mesmo muito bonito.
Esta foto está fantástica!
ResponderEliminarao fernando martins
ResponderEliminarpode ser que na próxima semana, se a meteorologia ajudar e o acordar for madrugador, tenha hipótese de ver algo semelhante.
Estas duas ilhas são uma simbiose de encantos
ResponderEliminarCom uma paisagem desta logo de manhã (e eu fico imaginando os sons e os cheiros) não dá para ficar estressado!
ResponderEliminarDenise
Que emocionante...
ResponderEliminarO Faial deu sinais de vida á poucos instantes... confesso que me assustei, mas não deixa de ser fascinante... :)
Já ouviste falar do granito faialense?
nanda
ResponderEliminarsubscrevo
aos incansáveis
há várias formas de estresse, a pasmaceira por vezes faz adormecer as mentes de alguns e outros desesperasm perante isso... qualquer forma muito melhor que o estresse de uma grande cidade com RJ, SP ou Lisboa.
ao grifo
ao não achei tanta piada, lembra-te que já fui sinistrado e que salvei a vida por instantes, de modo que acima de determinada intensidade sinto-me incomodado. Não deve haver granito no faial, quanto muito há traquitos e xenólitos de sienito (mto semelhante ao granito mas sem quartzo, aliás já fiz um post a brincar com isso e a atlântida)
Mesmo no mundo, acho que são poucas as que se chegam para a elegância da Horta e a harmonia com o mar.
ResponderEliminarHaja Saúde
ao tibério
ResponderEliminarcom dimensões diferentes devem existir, mas com o seu tamanho, calma, beleza e cosmopolitismo concordo que não haja muitas. Mas embora sinta a falta do Pico, gosto também da Praia da Vitória
De facto a vista é magnífica, no entanto não concordo contigo, Geo, relativamente ao facto da cidade da Horta ser a cidade de Portugal com maior ligação ao mar. Existem diversas cidades no continente que têm ligações muito fortes com o mar, a começar por Cascais (apesar de ser uma vila é na realidade uma cidade), Viana do Castelo, Sines, Funchal (Madeira e não no continente), etc. Na realidade podemos observar que a cidade da Horta ainda continua um pouco de costas voltadas ao mar, a começar pela Avenida 25 de Abril, completamente subaproveitada para lazer, bem como falta de cafés e esplanadas na marina, uma vez que o que existe está propositadamente subexplorado. Note-se que o espaço em frente à Câmara Municipal, espaço geralmente de destaque, tem obstruções de construções relativamente ao mar, quando o mesmo poderia ser um terreiro desocupado até à avenida (creio que existia um plano, bastante antigo, nesse sentido).
ResponderEliminarNo entanto existe um grande potencial de forte relação com o mar, basta caminhar nessa direcção. Não obstante, continuo a achar que a Horta é, indubitavelmente um dos melhores sítios do mundo para viver.
Abraços,
mv
ao miguel valente
ResponderEliminarrelativamente ao que dissestes há coisas em que concordo, outras não. Cascais (independentemente de ser vila) tem uma dimensão e uma vida noutro nível, é hoje um espaço da grande lisboa atractor de uma determinada elite da cidade em que está inserida, a divisão é administrativa dentro da metrópole, claro que tem vivências próprias, tal como brooklin tem perante manhattan, mas são dois pólos de uma grande urbe e não se compara com a horta, uma cidade afastada de qualquer grande centro.
Sines vive de facto em parte à sombra do porto, é hoje um pólo industrial artificialmente criado... mas não lhe notei uma predilecção natural de cidade-mar.
Funchal não conheço, embora a escala maior, tenho a impressão que terá uma ligação tão forte com o mar e o porto quanto a horta.
Viana talvez tenha uma realidade como a horta, só não está debruçada em anfiteatro sobre o mar, nem tão aberta ao exterior.
efectivamente o litoral da horta está com as fachadas contra o animigo: piratas, castelhanos, intempéries marítimas que atacavam o centro da cidade. Mas a Horta é a única cidade em Portugal num local remoto, sem dimensão populacional nem área para ser cidade, apenas o é por causa do seu porto e toda a população da horta historicamente tinha ligações ao mar lúdicas, comerciais e culturais, quase sem vínculo a outras terras em concreto, apenas abastecimento aos navios.
Agora que há MUITÍSSIMO a fazer hoje para potenciar essa realidade e adaptar-se às mudanças do tempo, há.
Sei que não gostastes da minha apreciação de cascais, uma das minhas zonas predilectas de lisboa ;) mas não julgo que nunca chegaremos a acordo aí.
sabe qual é o post??
ResponderEliminarsei sim senhor, 12 de Maio de 2007, como disse era a brincar com o sienito e a deixar em paralelo alguns aspectos de reflexão:
ResponderEliminarhttp://geocrusoe.blogspot.com/2007/05/vestgios-da-atlntida.html
As pequenas amostras que me deram da praia do norte não tem a ver com pedras vindas da plataforma continental...
ResponderEliminarMas sim um filão de cristais de sienito (é mesmo), que está exposto na praia do norte, existindo também outros tipos de cristais vulcânicos...
eu não falei de plataforma continental, falei de placa e isto tem a ver com uma outra teoria que explica alguns aspectos geoquímicos das rochas nos açores (resto de uma antiga placa que foi arrastado para o manto e foi absorvido por este).
ResponderEliminarfilões de cristais de sienito? sienito é uma rocha (cujos cristais são visíveis a olho nu como no granito)é mais provável ser traquítico com alguns critais (a composição química é igual ao sienito, embora não esteja cartografado nenhum filão desse género na praia do norte não é impossível de exisitir. outra coisa que existe muito importante na praia do norte são os xenólitos de faialite, falei deles aqui em 8 de abril de 2007
http://geocrusoe.blogspot.com/2007/04/xenlitos-e-faialite.html
tenho aqui olivina, sienito, e uma rocha que me parece sedimentar (a partir de compactação de terra e cascalho) ai destingem-se pedrinhas muito brilhantes, a maioria escura, tendo uma de um dourado metálico (até já brincaram comigo dizendo que tinha ouro :P)
ResponderEliminarPor mim, o melhor que o Pico tem é ser visto de São Jorge.
ResponderEliminaresses diferendos de opinião nunca conseguirão ser sanados.
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