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domingo, 23 de dezembro de 2007

DO NASCIMENTO AO OCASO DO NATAL

Considerando, quer a origem pagã do Natal, o nascimento da Novo Sol, celebrado no Império Romano no dia mais pequeno do ano, 25 de Dezembro, quer a sua origem cristã, o nascimento de Jesus, a origem da nova vida, que aproveita as datas das festividades clássicas para celebrações cristãs; o Natal sempre comemorou o aparecimento de um novo ser, um motivo de esperança no futuro, terreno no paganismo, celestial no cristianismo.
Durante mais de 1700 anos a cultura ocidental promoveu esta esperança associada ao nascimento de uma criança, fonte de vida eterna para os cristão e desenvolveram um conjunto de ritos associados que a tornaram na maior festa global extensiva a muitos não cristãos e em muitos continentes.

(fonte: Wikipedia)
A partir do relato das ofertas ao menino Jesus surgiu a tradição da troca de prendas durante esta quadra festiva, em Portugal mandava o hábito dizer que as ofertas eram dadas pelo Menino Jesus e em Espanha as prendas são trocadas no Dia de Reis, 6 de Janeiro.

(imagem originária de:http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/st_nicolas_p.htm)
A partir da decisão de São Nicolau - bispo de Mira, natural de Petara na actual Turquia e festejado na cristandade em 6 Dezembro - de ofertar ouro, durante a noite e incógnito, às filhas de um comerciante falido na cidade natal, para lhes assegurar o dote e impedir a sua entrega à prostituição conforme decisão do pai, surgiu o hábito das prendas de natal serem colocadas às escondidas durante a noite e de em muitos países ser o São Nicolau quem trazia as prendas.

As lutas anti-clericais do século XIX e o marketing de grandes multinacionais do século XX substituiram toda a tradição de fundo religioso, em grande parte com base em personagens históricas, e substituiram o Menino Jesus, os Reis Magos e São Nicolau de Mira por um ser desenraizado de qualquer tradição e transfiguraram um bispo numa espécie de duende nórdico e velho a quem passaram a chamar Pai Natal...

(imagem extraída de: http://utilidades.blogs.sapo.pt/arquivo/pai%20Natal.bmp)


No momento em que se procura preservar as nossas memórias e raízes, este ser no ocaso da vida parece querer diagnosticar o fim do Natal e o seu significado de esperança numa nova vida ou de um futuro melhor.
Cada um é livre mas o que mais me cativa no cristianimo é a sua mensagem de amor (muitas vezes adulterada) e de esperança, por isso continuo a doar prendas em nome do Menino Jesus, como me habituei quando criança.
Hoje, independentemente da opção de cada um deixo este post subversivo às imposições do modernismo para reflexão e aproveito para enviar a todos os visitantes deste blog os meus votos de
FELIZ NATAL

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