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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Lisboa e Tsunamis em notícia

A ocorrência do sismo em Murcia no sul de Espanha deve fazer recordar os Portugueses que além dos Açores o Portugal Continental é uma região sísmica e quanto menos frequentes este tendem a ser num local mais impreparados costumam também ficar as suas populações, abaixo replico um excelente post do blog Geopedrados com o qual Geocrusoe tem um relação temática e e de amizade significativa


Estudo sugere que tsunami atingiria 200 mil lisboetas de noite e 400 mil se fosse de dia.


Zonas de maior risco de inundação assinaladas a vermelho neste mapa





Se durante a noite Lisboa fosse atingida por um maremoto, 200 mil pessoas seriam atingidas. Durante o dia, esse número duplicaria. Esta é a conclusão do estudo sobre a população da Área Metropolitana de Lisboa (AML) exposta a inundação em caso de tsunami, apresentado ontem no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, na capital.

Como explicou ao PÚBLICO o autor da investigação, Sérgio Freire, a diferença nos números "deve-se essencialmente aos movimentos pendulares da população, motivados por razões de trabalho ou estudo entre os períodos nocturnos e diurnos".

De acordo com o estudo, oito por cento do total da população da AML reside, trabalha, ou estuda em zonas susceptíveis de inundação em caso de tsunami.

Os resultados sugerem ainda que o aumento de população potencialmente exposta da noite para o dia é mais significativo nas zonas de perigo elevado, como as zonas ribeirinhas de Lisboa, Alfeite e Barreiro.

Para Sérgio Freire, colaborador do e-GEO - Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Regional, os resultados da investigação podem ser úteis para se ter "uma noção de quantas pessoas terão de ser transferidas em caso de tsunami".

O autor do estudo espera também que estes números sirvam para alertar a população lisboeta. " É importante sensibilizar a população, que, por viver numa zona fora de risco, não está consciente de que trabalha ou estuda numa área de alto risco de inundação por tsunami".

Para chegar a estas conclusões, o geólogo cruzou dados recolhidos pelo Censos 2001 sobre as áreas de residência da população, o mapa das zonas mais susceptíveis à inundação por tsunami e, ainda, dados de 2003 do INE, sobre a mobilidade de pessoas que residem num concelho e que se deslocam para outro, durante o dia.

Com os números do Censos 2011, o autor acredita que os dados poderão sofrer algumas modificações. "Acho que vai ser diferente, porque a AML sofreu alterações importantes. Há uma série de novos centros comerciais, escritórios e moradias que em 2001 ainda não estavam desenvolvidos", argumenta.


Segundo o autor, o estudo, que faz uma representação da distribuição da população num dia típico da semana, será ainda alvo de alguns desenvolvimentos, com o intuito de obter dados mais concretos e actuais.

in Público - ler notícia

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