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sábado, 29 de outubro de 2011

FAIAL FILMES FEST 2011

Neste fim-de-semana arranca a 7.ª edição do Faial Filmes Fest. O tradicional festival de curtas-metragens deixou este ano o limite da dimensão das pequenas fitas a concurso e agora afirma-se como o Festival de Cinema dos Açores, abrindo-se às longas metragens e com a presença de vários realizadores das obras em concurso.
Um festival internacional essencialmente na língua de Camões, com destaque para a forte presença do Brasil através de uma embaixada de Atibaia SP e do festival que ali se realiza, embora também receba filmes das Canárias, cobrindo assim toda a Macaronésia.
Um festival que leva ao Teatro Faialense uma mostra de cinema, um concurso de fitas curtas e longas e um desfile de imagens reais ou em desenho animado, mas que também vai à escola de forma a promover a 7.ª Arte.
Um programa denso de 8 dias que se pode consultar aqui. Uma oportunidade a ser aproveitada por todos os que por cá residem. Boa Sorte!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Don Carlo - Dueto

Numa época em que o teatro de São Carlos leva ao palco Don Carlo (não sei se na versão italiana ou francesa) eis o meu dueto tenor/ barítono predilecto.


Um dueto que mostra a força da amizade para ultrapassar a dor de uma paixão e incentivar à luta por uma causa política... o que comporta grandes riscos e se a isso se mistura uma igreja intolerante dificilmente o fim escapará à tragédia.


Villazon, um tenor da atualidade que ainda não consegui ouvir ao vivo...

domingo, 23 de outubro de 2011

Mário Quintana



Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!


Poeta do Rio Grande do Sul, Brasil

sábado, 22 de outubro de 2011

Franz Liszt - 200 anos de um pianista impar

O século XIX foi o século da excelência do piano, para isso contribuíram muitos compositores, dois se destacaram-se acima de todos para este instrumento musical, um deles foi Franz Liszt que faz hoje 200 anos...
Quem não conhece a força romântica desta música ouvida em telenovelas, filmes, concertos ou como fundo ambiente de centros comerciais e de restauração?



Um vídeo que permite ouvir outra obra importante enquanto se lê a biografia deste homem.



Outra das obras fortes deste homem



Franz Liszt transpôs para piano todas as sinfonias de Beethoven uma trabalho monumental em que as sinfonias mantêm toda a sua força neste instrumento de que Liszt soube fazer música como ninguém, ora veja.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

JAZZORES 2011

Divulgação


Sábado, às 21h30 no Teatro Faialense
clique nas imagens para as ampliar
APROVEITE!



Uma organização jazzores e teatro micaelense.
Imagens: Excertos do programa do Jazzores 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Ilusão de dobras geológicas 2


Um olhar desatento diria que se estava perante uma zona de camadas rochosas dobradas. Pura ilusão!
Tal como no artigo anterior, os estratos correspondem à sobreposição de camadas de piroclastos caídos durante a fase explosiva de um vulcão que se depositaram numa topografia inclinada. Uma escavação recente em cunha e oblíqua à direcção da inclinação das superfície fez um recorte nas camadas com a forma de um V invertido, parecendo uma dobra, quando simplesmente é um plano inclinado cortado.
A medição geométrica e interpretação das formas resultantes das intercepção do relevo com as camadas rochosas é um dos modos de compreender e modelar a disposição das litologias em profundidade e está na base da elaboração de cortes geológicos e detecção de estruturas ocultas dentro da terra.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ilusão de dobras geológicas 1

Na Natureza nem tudo o que parece é:

As rochas, devido às forças no interior da crosta partem-se (deformação rígida ou frágil) ou dobram-se (deformação plástica). Depois a erosão trás à superfície essas rochas e coloca à vista de todos essas deformações. Todavia, nem sempre aquilo que parece dobrado está de facto deformado.
As cinzas, a bagacina (lapilli) e os blocos projectados da chaminé em altura pelas erupções vulcânicas caem por acção gravítica e formam camadas modeladas pelo relevo, os materiais mais recentes cobrem os mais antigos e fossilizam o relevo dessas camadas inferiores. Depois se algum dia forem expostos esses antigos estratos, os mesmos podem parecer como que dobrados, quando apenas é a fossilização do paleorrelevo na época da respectiva deposição.
Os Açores são ilhas muito recentes e os esforços a que as rochas estão sujeitas são sobretudo de distensão, o que não favorece o aparecimento de dobras. Assim, na foto acima as camadas de piroclastos não estão dobradas como parecem, apenas retratam o relevo antigo à data da sua queda, inclusive um vale mais recente quase se sobrepôs ao "paleovale".
Afinal a natureza também é ilusionista e só uma apurada análise da situação permite descobrir a realidade.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Francisco de Lacerda - Tenho tantas saudades

Só um Açoriano comporia assim...



Duas interpretações da mesma canção de Francisco Lacerda, o maestro e compositor de música erudita mais conhecido dos Açores, natural da Ribeira Seca, na ilha de São Jorge.



Não sei de qual versão gostam mais, mas ao divulgar-se a música importa também mostrar que uma mesma obra pode ter várias interpretações, respeitando a composição ou o espírito da obra e que deste modo se pode chegar a muito mais gente.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Sophia de Melo Breyner Andresen


Porque os outros se mascaram mas tu não

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

domingo, 2 de outubro de 2011

Arquitectura tradicional e integração paisagística

São já uma raridade os imóveis ainda construídos, mesmo que parcialmente, com recurso às rochas da terra onde se inserem desde que a expansão do cimento/concreto na construção civil se generalizou.
No passado nos, Açores, desde a pequena atafona para apoio à agricultura, passando pelos moinhos de água e moradias, até aos solares e igrejas, a lava era o material rei da estrutura da construção.
A construção com o aproveitamento dos recursos geológicos da terra nos alçados do imóveis é sem dúvida uma das melhores formas de integração paisagística, vejam-se os edifícios de xisto nas regiões xistosas, os calcários em Lisboa e na Estremadura, os granitos no Porto e Minho ou o basalto nos Açores como nesta foto em São Jorge.

sábado, 1 de outubro de 2011

Dia Mundial da Música - músicas do meu ano

Já me apercebi que com o passar do tempo os meus gostos vão variando, não porque deixe de apreciar uma dada obra, mas porque vou descobrindo coisas novas, alterando "sabores" e todos os anos há músicas que se destacam, ao longo de 2011 têm sido estas as minhas preferências:

Segundo andamento em mi menor do Trio n.º 100 de Schubert (noutra interpretação mais rápida e com menos sentimento de cinema)


O fascínio por Gluck cresceu este ano, não porque seja menos wagneriano, mas porque a clareza e sensibilidade deste compositor me tocou, aqui canta uma deusa que viveu na terra uma das árias para mim das mais bonitas de toda a ópera


Arrasta-se já há vários anos a Canção da Terra de Mahler, não sei se por ser geólogo, se por estes acordes que tocam a dissonância de uma forma tão sensível e dolorosamente bonita, mas não resisto a este conjunto de seis poemas orientais cantados, ficando aqui este Solitário no Outono...


e para choque de muitos melómanos, um contraste absoluto... um grupo de heavy metal que desde jovem me acompanha em muitos momentos da vida: Iron Maiden

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Disfrutem a música, sem dúvida uma dádiva divina que torna a vida mais bela